Em sinal de reconhecimento, pelos relevantes serviços prestados a Peri-Mirim, a Câmara Municipal daquele Município por unanimidade, resolveu conceder ao Dr. Lourenço Vieira da Silva, o Título de Cidadão Perimiriense.
Essa Resolução tomada em Sessão do dia 27 de janeiro último, visa coroar os trabalhos da Secretaria de Agricultura desenvolvidas naquela região e que culminaram com a construção da Barragem do Gigante.
Essa Barragem, anteriormente conhecida como Barragem do Defunto, há muito era uma velha aspiração dos criadores da Baixada, os quais, para prevenir futuras estiagens, se viam obrigados a deslocar para outras plagas o gado de sua propriedade, sofrendo, com isso, enormes prejuízos e transtornos.
Várias vezes tentada, por iniciativa dos moradores da localidade, somente agora essa barragem teve sua construção concretizada, graças ao planejamento do Governo, dentro da Pasta da Agricultura.
A equipe do Secretário da Agricultura, sob orientação do Engenheiro Agrônomo Antônio Augusto Martins, vencendo as dificuldades naturais da região, executou em tempo recorde essa obra com entusiástico apoio do Prefeito Municipal, Sr. José Ribamar Martins França e completa colaboração da Câmara Municipal, permanentemente representada pelo Secretário da Mesa no Canteiro de Obras.
Situada a 20 Km da sede do Município de Peri-Mirim, a Barragem do Gigante, serve ainda aos criadores de São Bento e Bequimão, tendo sua importância ressaltada pelo fato de que sua construção impede, agora, o salgamento da água, a salinização do solo e a morte do peixe, considerado alimento básico do homem da Baixada.
Dentro de breves dias o Secretário da Agricultura se deslocará ao Município de Peri-Mirim, a fim de receber o Título que lhe foi conferido.
Jornal O Imparcial nº 16.073 – Sábado – 24-2-1968 – Pg. 8. Matéria fornecida pelo arquivista aposentado Sr. Zacarias.
Patrono da Cadeira nº 36 da Academia de Letras, Ciências e Artes Perimiriense (ALCAP). Raul Pinheiro Mendes nasceu no dia 23 de outubro de 1920, no povoado Brito, pertencente ao município de Bequimão. Filho de Manoel Guido de Sá Mendes e Francisca Paula Pinheiro Mendes. Veio para Macapá, atual Peri-Mirim, aos 10 anos de idade. Estudou na antiga Escola Mística Macapá, atualmente Carneiro de Freitas. Eram 13 irmãos: José de Ribamar, Inês, Raul, Fernando, Maria das Dores, Maroca, Ernesto e Ernestina (gêmeos), Hilda, Izabel (Belinha), Cristóvão (Colicó), Rute e Rui.
ou 2 anos morando no povoado Ponta do Lago, quando resolveu retornar para o seu local de nascimento, anos mais tarde, foi residir novamente no centro da cidade de Macapá, quando resolveu entrar para Política.
Morou no centro da cidade até seu casamento. Casou-se no dia 15/05/1943 com a senhora Constância Pereira Mendes, com quem teve 09 filhos, 06 estão vivos, dos quais a acadêmica Adelaide Pereira Mendes, ocupante da Cadeira nº 11 da Academia de Letras, Ciências e Artes Perimiriense (ALCAP).
Tem sua descendência portuguesa, por meio dos seus bisavôs: Tereza Augusta de Sá Mendes e Antônio Bernardo Gonçalves de Sá Mendes. Raul foi vereador, delegado, trabalhou no IBGE durantes anos. Desistiu da carreira política por conta de ter exemplo de honestidade, desaprovava algumas atitudes que acontecia em sua época de vereador do município.
Amante da cultura, amava as inúmeras toadas de bumba-meu-boi. Em suas conversas sempre contava como era seu anteado, das situações as quais enfrentava, ainda mais como delegado da cidade. Raul Mendes era um católico assíduo, e um grande devoto de São Sebastião, de janeiro a janeiro não perdia uma novena.
Este nobre conterrâneo deixa uma vasta lembrança, exemplo de marido, grande companheiro, pois em todas as cerimônias estava lá, junto de sua magnífica esposa, dona Constância. Raul foi um grande exemplo de pai carinhoso, e muitas, muitas memórias, pois fez parte da história de Peri-Mirim. Faleceu em Peri-Mirim no dia 10/09/2019.
Raul e sua esposa participando de Sarau Cultural da ALCAP
O Clube de Leitura “Professor João Garcia Furtado” é um projeto de incentivo à leitura desenvolvido pela Academia de Letras, Ciências e Artes Perimiriense (ALCAP), que objetiva fomentar a leitura na comunidade como uma prática social, bem como contribuir para a formação de uma nova geração de leitores. O nome do projeto é uma homenagem ao professor João Garcia Furtado, patrono da cadeira nº 28, ocupada pelo acadêmico Diêgo Nunes Boaes.
A obra escolhida para inaugurar o Clube de Leitura foi “O Pequeno Príncipe” do escritor, ilustrador e piloto Antoine de Saint-Exupéry. Publicado em 1943, o livro narra uma bela história de reflexão e aprendizado. Com uma escrita fluida e simples, o autor incita o leitor a reavaliar seus valores, levando-o a repensar as verdadeiras riquezas da vida.
O encontro foi realizado no Colégio “Artur Teixeira de Carvalho”, no dia 30 de novembro de 2019 e contou com a participação de alunos da Escola Carneiro de Freitas, Colégio Artur Teixeira de Carvalho, membros da ALCAP, professores e comunidade.
A presidente da Academia, Eni Amorim, deu inicio ao encontro, solicitando a apresentação de todos os participantes, em seguida, falou que o projeto do Clube da Leitura Professor João Garcia Furtado está alinhado aos objetivos da Academia de Letras ciências e artes Perimiriense (ALCAP) e objetiva fomentar a leitura da comunidade como uma prática social e contribuir para a formação de uma nova geração de leitores. Após a apresentação foi feito um resumo da vida do Professor João Garcia Furtado também pela Presidente.
A mediadora do debate, Juliana Câmara, ressaltou a importância do projeto desenvolvido pela ALCAP, que é um grande estímulo para que as pessoas desenvolvam o hábito de leitura e elogiou a interação dos alunos com a obra. Juliana Câmara é graduada em Ciências Humanas/História pela Universidade Federal do Maranhão (UFMA) e tem um artigo intitulado “O Pequeno Príncipe: um diálogo interdisciplinar entre literatura e ciências humanas na Escola Municipal Professora Alnir Lima Soares – Pinheiro-MA” publicado na Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, resultado de um projeto de intervenção.
Sobre o encontro, o participante José Ribamar Durans Neto, filho do acadêmico Venceslau Pereira Júnior, avalia como bastante proveitoso, dizendo que “Eu gostei bastante do projeto de leitura da ALCAP porque influencia nós, os alunos, a buscarmos mais conhecimentos, a lermos e a melhorarmos mais o nosso lado crítico“.
Participaram do 1º encontro os alunos Cauã Eduardo França, Ana Carolina Pereira, Shalana Câmara França, Brendha Caroline Câmara Boas, José Ribamar Durans Neto, Emili Kauany Garcia Melo, Fábian Grazielle Ferreira Gomes, João Kelvyn Santos Melo, Breno Kauê Martins Pereira, a mãe de um dos alunos participantes Cleudiane Sousa Garcia, a professora Maria de Lourdes Campos, a mediadora Julyana Cabral Araújo, a amiga da ALCAP Maria do Carmo Pereira Pinheiro e as acadêmicas Giselia Pinheiro Martins, Eni Pereira Amorim e Jessythannya Carvalho Santos.
O próximo encontro está agendado para dia 23 de maio de 2020, no Colégio Artur Teixeira de Carvalho. O livro-tema será “O Mágico de Oz”, de L. Frank Baum.
Para participar do Clube de Leitura é necessário inscrever-se no link e ficar atento aos informativos sobre os encontros nas mídias sociais da ALCAP.
A Academia de Letras, Ciências e Artes Perimiriense (ALCAP) foi fundada em 20 de maio de 2018, mediante Estatuto e Ata de constituição, mediante Ata de Constituição que foi registrada em Cartório no dia 20 de junho de 2018.
Aos vinte e nove dias do mês de fevereiro de dois mil e vinte, ocorreu a décima primeira reunião da Academia de Letras, Ciências e Artes Perimiriense- ALCAP- Casa de Naisa Amorim, no Sítio Boa Vista, Povoado São Lourenço, Peri-Mirim-MA.
Natural do Povoado de Mojó no município de Bequimão-MA, de onde veio aos seis meses de idade com seus pais para viverem na Ponta de Wadir, próximo à Ponta do Lago, embora no seu documento de identidade conste que ela é natural de Peri-Mirim/MA. Nasceu no dia 28 de janeiro de 1924, é a primeira filha de Raimundo França Pereira e Joanna Viegas. Seu marido era Armando Leôncio da Paz, conhecido como Manduca (in memorian). Seus irmãos são Helena, Cândida, Justina, Filomeno, Sebastião e Antônio, estes dois últimos ainda estão vivos e moram próximos a ela.
Estudou por pouco tempo, lê um pouco e mal sabe escrever seu nome. Contou que teve uma experiência traumática com um professor. Certa vez, o seu professor particular mandou que os meninos fossem embora mais cedo e ficou com ela, com a desculpa de que precisava lhe ensinar mais uma lição.
Para sua surpresa, o professor colocou as mãos nos seus seios que ainda estavam despontando. A destemida Thomasia se defendeu dizendo que “não era galinha para ser apalpada” e não hesitou em sentar-lhe um pescoção com toda a força. Saiu furiosa para contar o fato à sua mãe. Assim que chegou a casa, o dito “professor” chegou em seguida para dizer que era mentira. A sua mãe, por óbvio, não acreditou naquele sujeito. Porém, a mocinha nunca mais frequentou uma escola.
Depois dessa experiência desagradável, foi morar na casa de Margarida Brenha de São Bento que veio morar em Peri-Mirim, com quem aprendeu a bater redes. Nessa época, conheceu a mãe do seu marido, a senhora Guilhermina de Castro, que fazia muito gosto do namoro com seu único filho, Manduca, que era 12 anos e meio mais velho que ela. Manduca já era um carpinteiro experiente.
Após um breve namoro, no dia 21 de janeiro, Manduca praticou o rapto da bela moça, então com 19 anos de idade. Moraram na casa da sogra – a mãe de Manduca -, em frente à Prefeitura, depois compraram uma casa no bairro em que vive até hoje, no Campo de Pouso.
Da união nasceram 12 (doze) filhos, entre eles, alguns abortos espontâneos, pela ordem: 1) Raimunda Nonata (faleceu com 1 ano e 5 meses, com problema de dentição); 2) Francisco (que é acadêmico da ALCAP); 3) Maria de Nazaré (mora em Imperatriz); 4) Isaías (faleceu em 27/12/2009); 5) Alzirene; 6) Domingos; 7) Marinalva (faleceu com 1 ano e 1 mês); 8) Artemísia e 9) José Viegas.
Lembra que na construção do campo de pouso, ela estava grávida de Francisco e que derrubaram a sua casa, depois construíram outra casa próxima ao local. Lembra que lá pousavam muitos aviões, mas não demoravam na cidade.
O primeiro prefeito que ela tem recordação é Manoel Miranda. Lembra também de Agripino Marques que morava no Apirital, depois mudou-se para a sede. Lembra que ele foi um bom prefeito, e que construiu a Barragem do Defunto com trabalhadores em mutirão. Tem uma lembrança vívida que atravessava a canoa por cima dessa barragem para ir visitar os seus parentes no Mojó, Bequimão. Lembra também da professora Maria Guimarães que era comadre de sua mãe.
A sua mãe contava que os seus pais morreram de bexiga brava e que os filhos foram distribuídos nas casas de parentes, para não contraírem a doença fatal. Com isso, a sua mãe ficou órfã ainda criança e foi criada na “casa dos outros”, nem sabia a sua idade.
Conta que seu marido morreu há 22 anos e que depois de sua morte, ela vive maritalmente com Benedito Garcia (Benedito Piolho), que é trinta anos mais moço que ela.
Perguntada sobre o confrade Francisco Viegas, para que ela contasse algo engraçado sobre o filho, ela disse que ele era um menino obediente, estudava muito e quase ia ser padre. Que só dava trabalho para comer, tinha muito fastio, e que tomou muito Emulsão Scott. Ele era muito carinhoso que a chama de “Bá” e ao pai “Duduca”. Segundo ela, Francisco era o filho preferido do pai. Disse ainda que não costumava bater nos filhos porque eles eram obedientes, apenas ralhava.
Thomasia lembra com saudades do festejo de janeiro, que tinha alvorada e coro na procissão. Era “um céu aberto”, com música de Nogueira. As vestes para os bailes eram terno, gravata e vestidos longos. Os bailes aconteciam na casa de José Gomes. Lembra também das missas lindas e dos padres Gerard e Edmundo que vieram do Canadá. As brincadeiras de Bumba-meu-boi eram feitas por João Brito e Secundino Pereira, este era proprietário de barco.
Compareceram à casa de Thomasia: Ana Creusa, Ana Cléres, Eni Amorim e Maria Amélia (mãe das Anas). O confrade Francisco Viegas estava na cidade, mas resolveu deixar a mãe à vontade para falar com os entrevistadores e foi participar de uma cantoria com seus amigos do Rio Aurá e somente chegou depois da entrevista, mas a tempo de posar para uma foto com a sua mãe.
Importante ressaltar que Thomasia goza de excelente memória, de gestos carinhosos, alegre e, durante a entrevista, soltava sonoras gargalhadas ao lembrar de sua juventude. Para coroar a visita exitosa, a anfitriã presenteou os visitantes com uma bela canção. Os visitantes despediram-se já sentindo saudades daquela jovem de cabelos brancos, acolhedora e amável. Thomasia é um exemplo de vida!
Entrevista realizada na residência de Thomasia Viegas no dia 01/03/2020 no Bairro Campo de Pouso, na presença de sua sobrinha Rosane Viegas. Nossos agradecimentos à Família pela preciosa colaboração à historicidade de Peri-Mirim.
Eni, Thomasia, Maria Amélia e Ana CreusaRosane, Thoamasia, Maria Amélia e Ana CléresThomasia e Benedito GarciaThomasia e Francisco Viegas
O Projeto Clube de Leitura lançado pela Academia de Letras, Ciências e Artes Perimiriense (ALCAP) agora lança a segunda obra “O Mágico de OZ” para ser lida e interpretada pelos acadêmicos, professores, alunos e a população em geral que queiram compartilhar conhecimentos.
Título da obra: O Mágico de OZ Autor: L. Frank Baum (1856-1919) Instituição: http://lelivros.love/ Ano: 1900 Nº de Páginas: 132 Tipo: Livro Digital Formato: pdf Licença:Domínio
No dia 29 de fevereiro de 2020 ocorreu a décima primeira reunião da Academia de Letras, Ciências e Artes Perimiriense- ALCAP- Casa de Naisa Amorim, no local denominado Sítio Boa Vista, Povoado São Lourenço, Peri-Mirim-MA. Confira a íntegra da ata da reunião abaixo.
A árvore escolhida para representar minha patronesse Maria Isabel Martins Nunes foi o Ipê Roxo, pois, de acordo com o projeto Plantio Solidário “João de Deus Martins”, cada membro da Academia de Letras, Ciências e Artes Perimiriense (ALCAP) deverá plantar uma árvore duradoura para homenagear o seu patrono.
O ipê roxo é a árvore “símbolo do Brasil” a árvore nacional é o pau-brasil que deu nome ao país. O ipê roxo (Handroanthus impetiginosus) é uma das árvores mais representativas da floresta brasileira, para os índios ela é chamada de “Árvore Divina”, pesquisadores acreditam que a árvore tem muito mais a oferecer do que apenas uma madeira forte e resistente é a segunda madeira mais cara só perdendo para o mogno.
A árvore foi escolhida por lembrar a fortaleza da minha bisavó e pelos poderes curativos por meio de sua intercessão em orações ou pelos remédios homeopáticos que produzia ou ensinava a fazer na comunidade e no Município.
Pelos meus conhecimentos de ambientalista, sei que as árvores não gostam de viver sozinhas, por isso, plantei um companheiro para ela, outra muda de ipê roxo representando meu bisavô Domingos Nunes.
Patrono da Cadeira nº 5 da Academia de Letras, Ciências e Artes Perimiriense (ALCAP). Ignácio de Sá Mendes, nasceu em 16 de setembro de 1868, 4º filho do casal Antônio Jorge Souza Mendes, que veio de Portugal em 10 de agosto de 1841 com 9 anos, e Thereza Augusta de Sá.
Casou-se em 30 de dezembro de 1894 com Maria Botão Mendes, ela com 17 anos e ele com 26 anos e três meses. Veio de mudança para Macapá em 15 de março de 1897.
Ignácio de Sá Mendes e Maria Botão Mendes tiveram os seguintes filhos: Antônio Botão Mendes nascido em 28/10/1895, Raimundo Botão Mendes nascido em 20/05/1897, Marina Botão Mendes nascida em 25/11/1900, Mercedes Botão Mendes nascida em 03/12/1904, Margarida Botão Mendes nascida em 26/02/1907 e Marieta Botão Mendes nascida em 13/12/1909.
Ignácio principiou a negociar em 1888. Em 15 de junho de 1919, Ignácio de Sá Mendes foi eleito prefeito de Macapá e na mesma data foi instalada a Câmara Municipal, que empossou o prefeito eleito Ignácio Mendes e o vice-prefeito João Maia.
Ignácio de Sá Mendes Sobrinho, filho de Manoel Gonçalves de Sá Mendes e de Maria Clara Martins Mendes.