Maria Rosa Gomes Soares nasceu no povoado Santana, Peri-Mirim/MA, em 03 de fevereiro de 1942, filha de Eduarda Gomes e Albertino Nunes, perdeu sua mãe muito cedo, sendo criada por Romana Campos e Lúcio Campos. Teve 09 filhos, dois falecidos. Foi professora por 40 anos, atualmente aposentada, também ensinou particular por um período. É católica, muito engajada na igreja e uma líder religiosa com um bonito trabalho prestado à comunidade.
Rosinha, como é conhecida, fez um poema em homenagem à Academia de Letras, Ciências e Artes Perimiriense (ALCAP) que seria declamado por ela durante o II Festival ALCAP de Cultura que ocorreu no dia 14 de novembro de 2024, porém, um problema de saúde a impediu de declamar seus versos durante o evento. O belíssimo poema segue abaixo:
Jessythannya participou da exposição artística do II Festival ALCAP de Cultura, realizado em 14 de novembro de 2024. Membro fundadora da Academia de Letras, Ciências e Artes Perimiriense (ALCAP), Jessythannya diz que tem se aventurado no mundo da arte – mais especificamente no desenho realista – uma paixão descoberta durante o isolamento social da pandemia de COVID-19.
Foi inusitada a forma como ela começou a desenhar. Propôs um desafio de melhor desenho ao sobrinho e ao final gostou muito do resultado e de todo o processo. Ao perceber a facilidade com os traços e motivada pela descoberta, ou a se dedicar mais à arte, buscando aprimorar suas habilidades e aprender com outros artistas e novos materiais. Além disso, desenhar durante o período de isolamento tornou-se uma forma de terapia, algo que a ajudou ocupar a mente e o tempo de uma maneira positiva.
No II Festival ALCAP, Jessythannya expôs alguns de seus trabalhos, que mostram sua evolução no desenho realista. Embora esteja apenas começando no meio artístico, sua participação no evento foi um o importante em sua trajetória.
Jessythannya acredita que, mais do que um dom, o talento é algo que se desenvolve com prática e persistência. “Hoje, posso afirmar com certeza que não podemos simplesmente dizer que não temos dom ou talento para algo sem, ao menos, tentar. A arte me mostrou que, se dermos uma chance a nós mesmos, podemos descobrir habilidades que nem imaginávamos ter. A arte não é só um dom, é uma jornada de aprendizado e superação.”
Com planos de continuar aprimorando sua técnica, ela segue sua jornada no universo da arte, com desejos de explorar outras técnicas e materiais.
O coral “Canto de Almas se apresentou no festival cultural da Academia de Letras, Ciências e Artes Perimiriense (ALCAP), um coral que através do seu canto nas vozes infantojuvenil busca transcender as fronteiras da música para tocar os corações e alimentar as almas de quem canta e de quem ouve o seu cantar.
O coral surge da convicção de que a música, especialmente quando expressa através das vozes puras e sinceras de crianças, possui o poder único de inspirar, unir e transformar.
Por meio do canto coral, os participantes exploram não apenas as nuances da música, mas também cultivam valores essenciais como trabalho em equipe, disciplina, autoexpressão e respeito mútuo.
As crianças e adolescentes envolvidas no projeto terão a oportunidade de desenvolver habilidades musicais, aprimorar a autoconfiança e criar memórias que irão permanecer a vida inteira.
Através das suas apresentações musicais “Cantos de Almas” buscará envolver a comunidade com um repertório diversificado abrangendo canções tradicionais e composições contemporâneas, proporcionando uma variedade de estilos que refletem a riqueza da expressão musical.
Acreditamos que a música não só enriquece a vida das crianças e adolescentes, mas também contribui para a construção de comunidades mais vibrantes e conectadas.
Lindiney Carlos, 26 anos, é um artista natural de Pinheiro, Maranhão. Sua trajetória artística começou na infância, influenciada pelos desenhos que eram feitos por seus tios. Relembra o artista que:
“Acho que isso acabou se tornando uma motivação. Somos quatro irmãos e mais três primos, morávamos lado a lado. Sempre desenhávamos (…) Chegamos até a competir entre nós para descobrir quem era o melhor desenhista da família”.
Atualmente, Lindiney e seu primo Adryermesson dividem o título de “melhores desenhistas” da família. Autodidata, ele aprendeu sozinho, com o apoio de seus irmãos e primos. Ao longo do tempo, conheceu outros artistas e aprimorou suas técnicas, mantendo-se aberto a novas ideias e experimentações: “nunca me prendo a materiais ou técnicas. Gosto de ser livre nas minhas criações. Acho que essa veia artística veio da família, apesar de não termos nenhum artista renomado. As histórias que conheço sobre eles me motivaram a ser quem sou”, reflete.
Além de desenhar, Lindiney também se destacou no universo da dança. Durante a adolescência, ingressou no breaking dance, estilo de dança de rua que integra a cultura hip-hop.
Sua relação com a comunidade é outro aspecto marcante de sua história. Há cinco anos, Lindiney contribui ativamente com sua igreja, tanto financeiramente quanto com trabalho voluntário. Foi nesse contexto que começou a doar sua arte para projetos evangelizadores. “Isso me deixou muito mais contente, porque aprendi muito sobre ser comunidade. Evangelizamos com arte, e isso me aproximou ainda mais da arte sacra“, explica.
Recentemente, Lindiney teve a honra de ser convidado para participar da exposição artística do II Festival ALCAP de Cultura, que aconteceu no dia 14 de novembro de 2024, em Peri-Mirim. Ele levou algumas das suas telas do arquivo pessoal, compartilhando com o público a profundidade e a diversidade de suas obras. Além disso, Lindiney também participou da Tenda Culturaldo evento, onde fez uma demonstração de seu talento na dança, apresentando-se com a energia vibrante do hip-hop. Sua performance foi uma representação autêntica da cultura que ele tanto aprecia e promove.
Durante o II Festival ALCAP de Cultura, ocorrido no dia 14 de novembro de 2024, o Colégio Alda Ribeiro Corrêa (ARC) apresentou seu projeto denominado “Nossas Estrelas Literárias“, apresentando obras editadas por seus alunos, os quais denomina “Pequenos Escritores”.
O colégio ARC funciona na sede do município de Peri-Mirim, iniciou suas atividades em ensino de Educação Infantil, Ensino Fundamental no ano de 2021. É uma instituição que utiliza conceitos pedagógicos atuais, estrutura de ensino e material didático em consonância com a Base Nacional Comum Curricular (BNCC). Oferece Língua Inglesa, Libras e Música como disciplinas na grade curricular a partir do 1° ano. As aulas são planejadas visando à interdisciplinaridade dos conteúdos, os quais são separados entre os anos de forma global.
Segundo a Diretora Geral da Escola, Alda Ribeiro, “a leitura é uma porta aberta para um mundo de descobertas sem fim“, por isso, a Escola investe no incentivo à literatura.
No festival foi apresentada uma prévia para o lançamento dos livros da Estante Mágica. A Estante Mágica visa transformar crianças em autoras de seus próprios livros.
As escolas do município de Peri-Mirim têm uma importante missão de transmitir conhecimento aos alunos, bem como contribuir para preservar a cultura por meio da Educação, fortalecendo a identidade cultural, a criatividade, preservação do patrimônio, dentre outros – tarefa que vai além da sala de aula -, pois envolve conhecimento científico e meio aos saberes populares de gerações.
A confreira Edna Jara Abreu, professora da área de Linguagens das turmas do Terceirão (vespertino) do Centro Educacional Artur Teixeira de Carvalho trouxe ao II Festival ALCAP de Cultura: uma a exposição do Projeto Sarau Artístico-Literário Maranhense, que funciona durante todo ano letivo e tem foco nas produções artísticas e literárias do Maranhão.
Diversos grupos de alunos tiveram uma importante missão no II Festival ALCAP de Cultura – 2024, trazendo consagrados nomes da literatura maranhense, com declamações de poesias, arte em desenho, músicas e outros, afirma a Prof.ª Edna Jara.
Nesse contexto de produções artísticas e literárias, o aluno Deyvith França dos Inocentes destacou-se na noite interpretando, em estilo musical, a poesia “Canção do Exílio”, do escritor maranhense Gonçalves Dias. Ele e sua equipe interpretaram de forma belíssima e inesquecível a música, com ritmo exclusivo para o evento.
Durante o II Festival ALCAP de Cultura ocorrido em 14 de novembro de 2024, no largo da Praça São Sebastião, vários alunos da rede municipal e particular de ensino revelaram seus talentos em várias áreas da literatura, arte e cultura. A poesia abaixo é de Bruna Carla Silva França, egressa da Escola Municipal “Carneiro de Freitas”, atualmente cursa o 1º ano de Informática no Instituto Federal do Maranhão (IFMA).
ALCAP: um legado em Peri-Mirim
Em 20 de maio foi criada
A Academia de Letras, Ciências e Arte perimiriense
Uma esperança no território da baixada
A fim de promover a educação a seus discentes.
Composta por 28 membros
Assim ela se faz
Escritores, Professores, Acadêmicos formados…
Verdadeiros profissionais.
Preocupados com o futuro da cidade
Se juntaram em prol da educação
Todos juntos em uma só voz
Todos juntos em união.
Naisa Amorim, mulher guerreira
Ǫue se empenhou com força e determinação
Uma professora de coragem
Ǫue deixou nos perimirienses o sentimento de gratidão.
Durante o II Festival ALCAP de Cultura ocorrido em 14 de novembro de 2024, no largo da Praça São Sebastião, vários alunos da rede estadual, municipal e particular de ensino revelaram seus talentos em várias áreas da literatura, arte e cultura. A crônica abaixo é de autoria de Lia Carla Silva França, egressa do Centro de Educacional Artur Teixeira de Carvalho. Atualmente finalizou o ensino médio, preparando-se para prestar Vestibular.
Dias atrás pesquisei o que é nostalgia. Esse conceito sempre me acompanhou, não nego, também sempre soube o significado, mas queria ter certeza de que a sensação que me acompanhava realmente era aquela. Com a certeza em mãos, procurei no Google o conceito de memória, também sabendo do que se tratava, busquei saber o que a internet definia como memória. Segundo o Google, memória é o armazenamento de informações e fatos obtidos através de experiências ouvidas ou vividas. Já um sentimento nostálgico – segundo o mesmo meio de pesquisa – é a sensação de saudade originada pela lembrança de um momento vivido no ado ou de pessoas que estão distantes. Confio plenamente nas duas definições, mas acrescento que ambas possuem algo em comum, a saudade talvez? A sensação de pertencimento ao ado? Acredito que varia de pessoa para pessoa, experiência para experiência, e de alma para alma. No meu caso, exclusivamente, a nostalgia está relacionada à repetida sensação de vivência. Exemplo disso é um sentimento de que eu já vivi este momento antes, mas talvez de outra forma.
Quando criança, sonhava em fazer várias apresentações escolares, não como competição, mas queria que as pessoas ouvissem um pouco do que eu tinha para dizer – isso é memória. Anos depois, a ALCAP proporcionou um concurso de poesias, consegui ser ouvida, a poesia narrava – pela minha visão como criança – a cidade na qual cresci e desenvolvi toda uma vida. Foi um acontecimento pra mim, essa foi a primeira poesia lida e ouvida por alguém, por várias pessoas, inclusive – isso sim é nostalgia.
Um fato importante sobre tal memória, é que me sentir ouvida foi um ponto inicial para aprender a me ouvir e aprender ouvir a voz dos outros. Lembro que na época eu achei o máximo a iniciativa da academia de letras, uma criança sendo ouvida em público era algo brilhante. Várias outras crianças tiveram suas poesias e desenhos vistos. Adolescentes também foram ouvidos através de suas crônicas.
A escrita me acompanhou em grande parte da vida, o estudo sempre foi um forte aliado em dias nublados, ou até mesmo completamente limpos. Quando não conseguia falar, a escrita me acompanhava, escrevia tudo o que sentia, narrações do cotidiano, um diário pessoal, ou talvez uma crônica. Talvez isso seja um pouco dos dois sentimentos.
Ouvir e ser ouvida traz um sentimento de pertencimento, pertencimento ao lugar, lugar que digo são pessoas, momentos, aqueles momentos em que queremos morar para sempre. Foram nessas que ouvi várias histórias dos meus pais e avós, esses relatos foram responsáveis pelo meu segundo prêmio na ALCAP, 1° lugar na categoria crônica. Terceiro ano do ensino médio, ano em que tudo poderia mudar, ano em que todos os vestibulares finalmente se tornariam decisivos e sérios. Esse sim é um sentimento de nostalgia, é quando vivemos um momento pela primeira vez, mas sentindo o mesmo frio na barriga de todas as memórias adas. Talvez porque o valor de um momento só seja medido quando é tornado em memória.
Nostalgia é vivência, memórias são um poder que o ado nos proporciona, usar o ado para transformar o futuro é desafiador, mas benéfico. Um outro exemplo de memória é que: quando criança eu acreditava que os estudos mudariam a minha vida. Exemplo de nostalgia? O hoje. É como falar com a mesma empolgação e crença que a Lia de 13 anos tinha. A educação transforma!
O sentimento de nostalgia talvez seja para nos lembrar e nos fazer reviver algo que pensávamos ter esquecido pra sempre, como um sonho. Foi através desse sentimento que tive a certeza da mulher que queria me tornar, foi revivendo sonhos e sensações que eu tive a coragem de correr e lutar. Talvez o ado não seja um lugar pra se morar, mas visitá-lo para que possamos transformar o nosso presente ou futuro em um lugar habitável e prazeroso, pode ser sim algo a se pensar.
Revisito meu ado hoje, com o mesmo frio na barriga de momentos ados, momentos que vivi só por transformar em escritos o que meu eu criança pensava e o meu eu adolescente guardava, revisito meu ado, pois através dele sou quem sou hoje. Revisito o meu ado porque me foi proporcionado a oportunidade de ser ouvida, já agora, sou eu quem ouço a voz das outras crianças, isso sim é nostalgia.
Crônica recitada por Lia durante o II Festival ALCAP de Cultura que ocorreu no dia 14/11/2024 na Praça São Sebastião em Peri-Mirim/MA.
A Academia de Letras, Ciências e Artes Perimiriense (ALCAP) e parceiros promoverão no dia 14 de novembro de 2024, o II Festival de Cultura. O referido festival é um grande encontro de manifestações culturais que surgiu com o objetivo de promover um evento democrático de ampla participação popular que incentive a prática e vivência da cultura como expressão artística, contribuindo para a difusão cultural e o desenvolvimento regional por meio da cultura tradicional.
Na 1ª edição do festival, realizada no dia 07 de junho de 2019 em Peri-Mirim, criou-se um espaço para a divulgação da cultura e arte local. A praça central da cidade recebeu atrações como música, poesia, tambor de crioula, capoeira, artistas da terra, exposições, estande de venda de livros, feira gastronômica, roda de conversa e lançamento da 2ª edição do livro “Dicionário do Baixadês”, do escritor e acadêmico Flávio Braga.
Nesta 2ª edição, prevista que ocorrerá no dia 14 de novembro de 2024 na Praça da Igreja da Matriz de São Sebastião, estima-se receber um grande público que prestigiará várias atrações, conforme Programação abaixo:
17h – ABERTURA DA TENDA CULTURAL COM OS DESBRAVADORES (IASD): Coral Infantil Cantos de Alma, Apresentação teatral (EMCB), Coreografia (UMADPM), Dança contemporânea
17:40h -MANIFESTAÇÕES CULTURAIS
18:30h – POESIA E MÚSICA
19h – GRANDE ENCONTRO DOS ARTISTAS DA TERRA: Carlos Pique, Santiago, Paim, Edeilson, Paulo Sérgio e Frank Wilson
20:30h – APRESENTAÇÃO TEATRAL NO SINDPROESPEM (vagas limitadas*): 1) 0 Menestrel -Shakespeare (Thyago Alves) e 2) Espetáculo Curacanga (IFMA).